Ao Deus Tempo

Renan Sordi

Questiono teus atributos

Como o soldado que transpira frio na trincheira inimiga

Ou como o homem com seu coração de vidro, implora pela resposta da amada

Semelhante ao inquilino de teto á desabar

Sufocante quanto a criança afogando no rio extenso

Eu lhe questiono, se tal benção, é maldição pra mim.

Sua eternidade é sádica, sórdida, um filme de horror com reviravoltas programadas

Jogaste em mim a finitude de minha alma, a qual súplica por respostas das suas torturas

Pôs-me como um cordeiro em pleno abate

Uma queda de um império outrora impenetrável

A geada que petrifica o cervo na densa floresta

Da bala perdida buscando o inocente

Sua eternidade é causa da minha insanidade.

  • Autor: O Indefinido (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de fevereiro de 2022 09:04
  • Comentário do autor sobre o poema: Reflexão sobre o poder do Tempo sobre a finitude humana.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 4


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