Sou mais o tempo , na catedral
De milênios de criações abismais:
Quedas de potestades imperiais ,
Modulação de objetos e gente,
Transformação de coisas, mudando
Rumos por séculos astrais.
Nas comportas do tempo,
Rápido, se movimenta o vento:
As pedras se encontram
Nas curvas do momento ,
O vento vai com perfeição
Edificando pelos caminhos...
Erodindo areias e pedras, confluência
Do encontro de elementos
Da natureza, em constante movimento,
Gerando belezas incomensuráveis :
Maravilhas que do solo brotam,
Frutos que medram em abundância.
A ampulheta atenta
À ação dos ventos, olhos voltados
Em torno da areia
Que rapidamente escoa nos trilhos
Do tempo que parece estar parado.
Mas célere, se movimenta!
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 9 de fevereiro de 2022 08:28
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 19
Comentários2
Gosto de tua fase surrealista...e da outra a crítica política também. Chapéu!
Este senhor bonito e implacável - tempo! Ficou lindo seu, caro poeta, Jucklin Celestino Filho!
Abraços,
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