Thiago R

Soturna vaga a lua nas alturas...

Soturna vaga a lua nas alturas,

Na solidão dos ventos, silenciosa,

Qual freira que s'encontra na clausura,

Com o seu olhar de monja tristurosa. 

 

Rezavas eu baixinho na tristura,

Ó dama que me vês tão langorosa,

Minh'alma é uma erma sepultura,

Coberta pelas pétalas de rosa. 

 

Onde andas a saudade sem teu véu,

Cantando seguireis os vossos passos 

Eu que busco lembranças pelo céu.

 

Nas tardes serenas e enevoadas,

Ainda vejo imagens pelo espaço 

Vagando no poente amortalhadas. 

 

Thiago Rodrigues 

  • Autor: Thiago R (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de Janeiro de 2022 17:56
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 9


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.