Salve-me.

Estou afundando.

Afundando nos meus pensamentos.

Turbulentos.

Que não me dão tempo.

Tempo para pensar.

Se quero boiar.

Ou se só quero afundar.

Não sei oq tem lá embaixo.

Lá na solidão.

No fundo do mar.

Ou no porão do meu coração.

Deixe-me afundar talvez.

Se não puder me salvar.

Deixa eu tentar alcançar.

Talvez esse é o fundo do mar.

Acho que não quero afundar.

Vem me salvar.

Sou indeciso.

Meio perdido.

Não sei oq eu quero.

Mas quero não saber.

Se vou viver.

Ou sobreviver.

Se eu morrer.

Que eu morra feliz.

Pois se eu lembrar da minha vida passada.

Que dela não vou levar nada.

Talvez a lembrança.

 que ela traga.

A vez em que fui feliz.

E essa vez.

Acho que foi entes de eu partir.

Pois nessa vida só vivo perdido.

Sem encontar uma razão.

Pra sair dessa solidão.

Mas o engraçado que essa solidão é eu.

Ela me torna quem eu sou.

Uma pessoa triste.

Ou talvez sem valor.

Não quero ser valiozo também.

Nem ter nada de ninguém.

Sempre quis viver igual as pessoas.

Ter uma esperança que as torna boas.

Eu sou bom ?

Não sei, não tenho esperanças.

Queria ser igual criança.

Que olha tudo com imensidão.

Com amor no coração.

A luz que elas tem que ascende a escuridão.

Que as vezes acalma meu coração.

Em ver a delicadeza.

De ver a vida sem tristeza

O sentimento das crianças poderia ser remédio.

Para nos curar quando tudo parecer se perder.

Meu coração Esta manchado.

Com a cor da dor.

É uma cor sem cor.

Mas infelizmente é a dor que me faz ser gente.

Gente sem viver.

E também.

Sem vontade de viver.

Estou afundando.

Me tire daqui.

É frio e solitário.

Onde estou afundando?

No fundo do mar?