Conto de um Idiota

Faixa

Era uma vez, um idiota.

Esse idiota tinha amigos idiotas.

Os idiotas sempre se reuniam para falar de coisas idiotas.

A idiotice é idiota.

 

Um certo dia, algo idiota apareceu.

Os idiotas se juntaram para fazer algo idiota.

E daí surgiu um novo adjetivo, o divertido.

Aquilo era idiota, mas também divertido.

 

Porém, desses idiotas, só havia um idiota.

Esse idiota achava que os outros também eram idiotas.

E isso se tornou uma situação idiota.

A idiotice é relativa.

 

O idiota continuava sendo um idiota.

Enquanto os supostos idiotas o depreciavam.

E daí surgiu um novo adjetivo, o triste.

Aquilo era idiota, e também triste.

 

Enquanto os supostos idiotas não eram tão amigos do idiota.

O idiota achava que não era idiota, afinal, era idiota.

Assim, os idiotas não falavam mais sobre coisas idiotas.

A idiotice era singular.

 

Era apenas um idiota.

O que fazia ele ser idiota, era acreditar em coisas idiotas.

Coisas que vinham da sua mente idiota.

E assim surgiu um novo substantivo, a desgraça.

 

Um certo dia, os supostos idiotas se juntaram.

O idiota achava que estava incluso, afinal, era idiota.

E assim, o idiota chorou, por se tocar que era o único idiota.

A idiotice é uma merda.

 

O idiota nunca vai deixar de ser idiota.

Os supostos nunca serão idiotas.

E assim todos os adjetivos se vão.

Junto do idiota.

 

A idiotice é uma desgraça.

  • Autor: Faixa (Offline Offline)
  • Publicado: 24 de janeiro de 2022 02:31
  • Comentário do autor sobre o poema: Esse poema demonstra a única vez em que eu preferiria nunca ter conhecido algumas pessoas.
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 5


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