A caminhada por esta cidade de ares fúnebres,
Faz aflorar lembranças que mantenho vivas no imaginário,
Este pobre relicário de memórias lúgubres ,
Que alhures jazia embrulhado num alvíssimo sudário,
Incansável pensar que mantém o ritual cortejo madrugada a fora,
Esta lívida senhora de feições melancólicas,
Que tangencia meu despertar de antes e do agora;
Sem demora esta madrugada é fria e também merencória.
Jardins de imensidão que povoam este triste itinerário em passeios lunares ,
Estes místicos luares a contemplar solidão,
Com tristeza e paixão caminho por entre campas floridas aos pares,
Nesta cidade cinza povoada de senão ...
Duvidas que surgem em cada viela e encruzilhada,
Na madrugada sombria ouço a coruja que chirria solitária,
Na mortuária cidade povoada de saudade enlutada,
Voo solene e sem pausa da coruja na noite que silencia no vazio desta fria estrada itinerária.
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