Ivan

ÁBDITO

 
Nas chagas do meu corpo contemplo doçuras
E infinita solidão derrama-se na metamorfose
Que o templo aglutina sobre as desventuras
Vivenciadas em meu átrio pessoal de apoteose.
 
Minha silhueta trespassa as vitrines de cristal
E do lado oposto há um enxoval de distúrbios
Que sangram a verve de maneira descomunal
Até que me sinto vítima de terríveis micróbios.
 
Entre viver e morrer – Fico em cima do muro
A observar as fanfarrices da vida que censuro,
Mas que dentre tantos frenesis vivo na diagonal...
 
Aspiro a uma dose dum álcool como o absinto,
Assim posso ter a certeza de que tudo o que sinto
É tão somente uma fantasia de ocultar o que é mal!
 
 
 
DE Ivan de Oliveira Melo
  • Autor: Ivan (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 21 de Janeiro de 2022 22:02
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 6


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