Ultimamente, ao mundo, indiferente.
Cego, surdo, mudo e gosto ausente.
Uma doença me tornou orgulhoso,
Ou o orgulho me tornou doente?
Tudo, pra mim, tem uma origem
Portanto sempre tem explicação.
Todas as ações infligem
Em algo além uma reação.
Sou um cretino teimoso,
Observador, de ideal tenaz.
Quase sempre preguiçoso, envergonhoso, meio idoso,
E vivo repetindo que uma vida nunca vive em paz.
Pela manhã tento ser atleta,
Pela tarde trabalho,
E no meio tempo finjo ser poeta.
Mas ao invés de poesia, dissertação,
Sobre casualidades de uma doença
Que afeta meu coração.
Cego, surdo e mudo, cuja crença
Aceita a desgraça e se opõe a humilhação.
- Autor: gil miranda ( Offline)
- Publicado: 20 de janeiro de 2022 19:55
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
Comentários1
Bravo! Um belo poema e uma maneira criativa de falar de banalidades de que nunca se pode prescindir,inclusive,um amor que não se revendica. Chapéu!
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