RINGINDO

... poeta do cerrado ... Luciano Spagnol



A poesia, inspiração, que me consome
Em vazio se faz, na satisfação é silente
Ao ver a minha frustração tão contente
Com tua poética sem o ditoso pronome

Qual um faminto que a muito não come
Pedinte a sorte se entrega inteiramente
Em um semblante pesaroso e serviente
Súplice, carecente pra saciar a tua fome

Tu, soneto, faltoso, que me sitia tanto
Mistura de saudade, solidão, espanto
Suspira na emoção e vive procurando

E é este revés inquieto num tal perfume
De um amor nostálgico, vive com ciúme
Ringindo n’alma como um drama danado

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11 dezembro, 2021, 17’27” – Araguari, MG

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Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

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