ELA É DE FLORESTA

Arlindo Nogueira

Nasceu na caatinga xerófila

Num evolar-se de perfumes

Lançando espocar de lumes

A delicadeza rosácea da cor

Inflorecência cimosa da flor

Numa serena paixão de viver

Lindas pétalas ao amanhecer

Abrem felizes por seu amor

 

Encontrei ela entre cactáceas

Senti tiritar meu ser de desejo

Desfrutar o sabor do seu beijo

Tê-la nos braços sempre amar

Sonho proibido me faz sonhar

Numa elegância da imaginação

Delicadamente no seu coração

Existem asas que podem voar

 

Por entre renques de indaiás

Ela é um sonho alado e real

Ser que encanta o emocional

Com essência de adolescente

Mas tem intelecto consciente

O seu destino é ela que pinta

A cor da alma tem a sua tinta

Ela envolve o amor da gente

 

Ela é a flor do mandacaru

Os desígnios que o teceram

Entre caracóis esconderam

Ilusão que prefere esquecer

Ela encanta seu amanhecer

No coração fugidio e tirano

Novelar de sonhos e planos

O amor do seu bem querer

 

 

  • Autor: Arlindo Nogueira (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de janeiro de 2022 17:47
  • Comentário do autor sobre o poema: Escrevi essa poesia, em alusão a Prof. N.M.M.N.N. Coordenadora Pedagógica na G.R.E. de Floresta – PE. Uma cidade, distante 433 km da Capital Recife. O município é o ponto de partida do Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco. Me encantei pelo trabalho dessa Professora e pela vegetação, composta por caatinga hiperxerófila, com trechos de Mata Atlântica. Essas duas maravilhas do município de Floresta, aguçou minha sensibilidade de escritor poético, tecendo uma versificação que viaja pela subjetividade poética, construído um poema de diálogo, do ser humano com a exuberância da natureza do lugar.
  • Categoria: Natureza
  • Visualizações: 65
Comentários +

Comentários1

  • Hébron

    Brilhante poema! Uma riqueza!
    Abraço

    • Arlindo Nogueira

      Obrigado amigo Hébron! brilhante mesmo é seu poema Nova Era, que diz: "O coração é casa que nunca se encerra[...] lembranças de muitas manhãs[...] Parabéns pela subjetividade das palavras.

      • Arlindo Nogueira

        • Hébron

          É uma grande alegria, meu amigo, a sua lembrança do meu poema!
          Forte abraço



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