Eu vivo em uma bolha de amor totalmente consciente, amo naquele momento como se tudo fosse acabar no próximo piscar de olhos, uma escolha depois de deixar a dor me atravessar. 

O desapego vem em seguida, tão lindo como o ato de amar.
Falo tão sério quando se trata de sentimentos, tentando evitar resolver problemas que não são meus, só mergulhando nos meus próprios com respeito, seriedade e bom humor.
Não me importo mais com resultados, rejeição ou fracasso. Não tenho mais medo daquilo que foi rotina por tantos dias. 
Observo o que me falam e não entendo porque querem me ensinar quem sou.
Treino todos os dias para me defender dos perigos terrestres.
Oro e emano energias todos os dias para me defender dos perigos espirituais.
Danço funk, ouço rock, reggae, gospel e racionais, porque arte alimenta a minha alma.
Tive que esquecer as músicas que eu mais gostava e abrir mão da minha espiritualidade porque não me encaixava no sagrado, hoje vivo no caminho do meio e usufruo de tudo do melhor que os dois mundos podem me dar. Não aceito mais que me indiquem caminhos sem minuciosas explicações. Com os ouvidos totalmente abertos eu escuto o que querem me falar e avalio com trajetória e crítica, sendo elas as mais severas possíveis com o agravante da nova informação apresentada: Sempre vou me escolher.
Fico na boa energia, evito obsessores o tempo todo.
Me esforço pra não secar a garrafa de café.
Me esforço pra me importar mais com o que não sou eu, mas "o problema" é que vejo todos tão fortes, tão capazes de se ocupar de si mesmos.
Fico imaginando, até quando não se preocupar com nada, me dará tudo.
Olhei pro céu e fiquei imaginando o que mais poderia pedir se tenho tudo, se sou tudo, se cheguei aonde queria chegar: Sai do cativeiro,
agora só quero voar.

                               Laihse Barros