Chuva II

Carlos Hades

                                                                                                                               

Não entendeste quando sorri, não era cinismo, eu estava feliz.

Gosto dos pingos de chuva, dos relâmpagos e dos trovões.

Não acredito em tudo que se diz...
Mas acredito nas razões!

 

Sei que estavas lá quando chorei, mas não ouviste meu gemido.

Tenho medo, mas nunca saberás o porquê.

Cada clarão e cada som do trovão, me ajuda a procurar a razão.

Mesmo que eu continue sem reação, mesmo que não seja destemido.

 

Saberás um dia que a cada gota do tempo molhado...

Desse céu acinzentado, haviam gotas de lágrimas ou sangue.

Foram diluídas e desceram pelo ralo.

 

Era o chuveiro, era um aguaceiro, era triste.

Não era fácil, mas era bonito, era real.

Como o que escrevo e o que lês, neste dia, sei que existe!

  • Autor: Hades (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de janeiro de 2022 14:40
  • Comentário do autor sobre o poema: Ensaio sobre um problema em neurotransmissores, que colocamos a alcunha de "depressão"
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 8


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