Nunca apreciei o ano novo, como as pessoas comuns,
sempre detestei, porque é apenas mais um ano,
outro que sobrevivi.

Um ano novo para cometer erros, fazer falsas promessas,
um ano para detestar, as mesmas pessoas do ano velho,
não fazia nenhuma diferença.

Aprendi muito com ano velho, bastante,
coisas que levarei comigo, até o túmulo,
nas poesias e em mim.

Formei bons laços, apertados,
resistentes, duradouros,
outros se desmancharam com a caminhada, a falta de papo,
mas continuei com alguns.

No amor, nenhuma sorte,
apenas uma novidade, recheada de aprendizado,
um enamorado glacial, frívolo,
resistente ao fulgor.

Eu faria de tudo, qualquer coisa,
para ter aquela incoerência, do meu ladinho,
deitada sobre meu busto, a madrugada segue seu rumo,
enquanto seguimos o nosso.