Com os olhos fitos no azul do mar
Como quem ali fizesse uma ronda
O soprar dos ventos me faz tiritar
Ao navegar nos caracóis da onda
Sinto o perfume evolar das flores
Vejo emergir a sereia entre dragas
Qual lendas dos cânticos de amor
Há desconstruir a dor pelas águas
Lindas gaivotas que passam voando
Cantando felizes no mundo das aves
Mirando o cardume vão mergulhando
Tal qual os piratas remadores da nave
Que em alto mar navegam ao infinito
Com o pôr do sol o mar troca de cor
Do azul celeste para cores de granito
Mundo da sereia a lendária do amor
Aqui nos corais meu porto seguro
Onde a vida palpita e o ser acalma
Do lado de lá tudo é muito escuro
A luz é precisa no acalento da alma
Vejo o bailar, cintilar dos golfinhos
Saltando nas águas na minha direção
Lindos brincalhões me fazem carinho
Abrindo caminhos até meu coração
Sinto as lagrimas rolarem pelo rosto
Da vida de gosto que tem no oceano
Quisera ser golfinho feliz e disposto
Bailar pelos mares sempre soberano
Brincar saltitando nas águas do mar
Qual imitar a dança da grande baleia
Prender-se na teia de sonhos e amar
Encantado pelo cantar de uma sereia
- Autor: Arlindo Nogueira (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 31 de dezembro de 2021 02:24
- Comentário do autor sobre o poema: A poesia Sereia faz alusões a vida no mar, segundo a mitologia Grega, as Sereias são seres metade mulher e metade peixe (ou pássaro, segundo alguns escritores antigos) capazes de atrair e encantar qualquer um que ouvisse o seu canto. Conforme a lenda esses seres viviam em uma ilha do Mediterrâneo, em algum lugar do Mar Tirreno, cercada de rochas e recifes ou nos rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália. A sedução provocada pelas sereias era através do canto. Os marinheiros que eram atraídos pelo seu canto e se aproximavam o bastante para ouvir seu belíssimo som, descuidavam-se e até naufragavam.
- Categoria: Conto
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