Achei que estas escamas
Haviam se despedaçado.
Agora sou eu quem estraçalho.
Me descasco, mas há Nada,
Nada para morder, nada para surpreender,
Nada para (descobrir).
Quebrada a mascara, agora o Carrasco
Vêm à tona. Me desonra, me desmonta.
O Carrasco que me acompanha desde
O pó, desde o Nada, desde o sofrimento.
Achei que as correntes estavam em seus pés,
Ao invés dos meus. Me engano, estado de pranto.
Os ossos cresceram, os tumores nasceram,
Mas toda a podridão continua, continua no fundo.
Amor, felicidade, (sentimento digno),
Nenhum destes posso ter. Fui enganado pelas
Suas cópias, amargas como a Morte,
Deliciosas como o corte,
Mas mortais de tão fortes.
Preciso entender antes de ser entendido,
Preciso me preencher antes de descer,
Preciso ser antes de resplandecer,
Preciso beijar a Morte antes de ver a Vida.
- Autor: offduzzer21 ( Offline)
- Publicado: 23 de dezembro de 2021 04:53
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 23
Comentários1
Parabéns, Luís Otávio. Lindo poema..
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