VENTOS DO MAR

Arlindo Nogueira

Ventos do mar soprando

Levando consigo as ondas

Que sobem e que tombam

Viajando os grãos de areia

Que na tempestade permeia

Lindas dunas ao pôr do Sol

Qual solfejo em tom bemol

Rítmico do canto da sereia

 

Existem no mar dois ventos

Pulsando assim como átrios

São monções soprando jatos

São as brisas vindas do cais

Qual amor que vem que vai

No desassossego da paixão

Há um ensombrecer em vão

De quem não sabe se amar

 

Ventos do mar têm histórias

Que as ondas levam na areia

Do mito da imaginária sereia

Que já no navio no estaleiro

Causa paixão aos marinheiros

Pulsando os átrios do coração

Fugidio oceano da desilusão

Da Sereia do canto seresteiro

 

O mar segredando aos ventos

Qual lágrimas rolam no rosto

Na boca as lavinas dão gosto

Salinado amor que maltrata

Só o navio à deriva retrata

Há desvio nas águas da vida

Por certo são ondas partidas

Pelos ventos do amor pirata

  • Autor: Arlindo Nogueira (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de dezembro de 2021 19:20
  • Comentário do autor sobre o poema: Escrevi esta poesia fazendo alusão aos ventos do mar, que são dois principais tipos: as monções e as brisas, são os ventos periódicos. Monções: ventos que sopram do mar para o continente e do continente para o mar, variando conforme as estações do ano. Brisas: são movimentos constantes e repetitivos que sopram do mar para o continente durante o dia, e do continente para o mar durante a noite. Porém, existem vários tipos de ventos, que se alteram segundo sua durabilidade, variando entre ventos constantes, periódicos e locais ou variáveis.
  • Categoria: Natureza
  • Visualizações: 15


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