Joguei a tinta na tinta,
E de tinta em tinta,
A bagaça
Por pirraça
Na ribanceira afunda!
Se pinta
Que nem as trinta
Moedas de prata
Que o nó não desata ,
E tudo arregaça
Na barafunda,
Oh desgraça !
Quem ficou freguês
Da mamata?
Não fecha a conta exata!
Haja Judas
Pra encontrarem
O Cristo Jesus
E o traírem com as trinta
Moedas, e selarem
O pacto com um beijo,
E o desejo
De mais uma vez
O pregarem na cruz.
Dividam o bolo
Na triliça
Da entreliça
Nesse rolo,
No tró-ló-ló
De tantos espertos;
Dividam o bolo
Com os notórios
Rematados sacripantas
Tão malandros e sabiidórios
Que espanta
Até defuntos,
Por certo,
Desconserta os pés juntos.
Na verdade ,
0s inocentes úteis tecem
Bobagens tantas ao apoiarem
Algo que não sabem da missa
A metade
Enquanto os Judas
Rezam no oratório ,
O diretório
Da usura e gulodice ,
E na sabujice
Outros os apoiam,
E agradecem o butim,
Onde também se lambuzam
No ignóbil festim,
E isso ajuda
A mais se enrolarem
Tantos tolos
Que não conhecem
Do credo a missa!
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 3 de dezembro de 2021 07:02
- Categoria: Sociopolítico
- Visualizações: 27
Comentários1
Brilhante poema!
Muito bom, com interessante estilo e ótima crítica.
Abraço, meu amigo
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