Lírio Azul

Não sei como isso começou,

Mas nunca irá terminar. O badalar do

Sinal fez do infinito finito. A compaixão

Fez da experiência regra. Sem pressa.

Lento. Muito lento. Porém sedento.

A mão constrói o tapa, que destrói,

Mas constrói. O sádico se torna masoquista.

Unhas e Dentes entrelaçam. Lábios.

Me olho no espelho e te vejo.

Minha mente fez do dois um. 

Cicatrizes. Não consigo esquecer.

Toco no meu braço, formigamento. Amassos.

Espero o dia em que a lembrança

Se materialize. Dias, meses, anos,

Apenas chegue antes do terno vir.

Nunca tomarei amor como no seu copo. Destroços.