Apenas uma arma lhe cabia.
E qual cabresto que lhe punham
à boca, sabia que não podia
errar o alvo, pois seria ele o abatido.
E na confusão tremenda, qual ganido
de cão alquebrado ,
a que a alma lhe acometia ,
como se fora cachorro ferido,
o homem, no lato
sentido do perigo que se encotrava
tinha a certeza : se não ferisse, seria ferido.
Quando já caminhava
para o ocaso a tarde ,
a criatura em questão , retesou o arco.
Soltou a fecha. Errou o alvo.
Seu oponente, sem muito alarde,
o olhou sério e disse : não se abate
o adversário indefeso. Mesmo desses insensatos,
Perversos e miseráveis .
Não volo farei.
A vergonha me cobrirá a face , ato
que reputo tão covarde.
Vai! A consciência é promotor e juiz implacáveis
que acusam, julgam e condenam, seus malévolos atos!
- Autor: Poeta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 30 de novembro de 2021 08:31
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 16
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