... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

NA MADRUGADA



um aperto no peito árido e ramoso
sussurrando a saudade num rigor
suspirando a dor cheia de amargor
um silêncio nu, descalço e moroso

uma encenação do sono malicioso
um pactuar medroso com o temor
um desanimo calado em dó menor
um maldoso sentir vazio assustoso

a soltar dos olhos lágrimas sofridas
partidas, uma sensação desfolhada
como se estivesse esfolando vidas

assim, adentra cada minuto do nada
numa ausência e sofrências nutridas
no compulsar solitário da madrugada

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04’08”, 17/10/2021 – Araguari, MG

copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

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Comentários3

  • Maria dorta

    Belo soneto,com metáforas criativas. O clima de melancolia,poeta, é sempre companhia da madrugada insone. Aplausos!

  • LEIDE FREITAS

    Uma belíssima Poesia ????
    Melhorou muito a minha noite.
    Boa noite!

  • Hébron

    Lindíssimo, lindíssimo!!!
    Abraço, nobre poeta



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