pepoetry

amargura

Me diga quem você é enquanto morre por dentro, se afogando dentro dos meus olhos quando não consegues formar uma mísera imagem turva, enquanto os seus ácidos borbulham e você espirra as palavras mais rudes contra mim, que não me surtem metade do efeito que você queria, já que eu te conheço melhor que qualquer um.

Me diga qual é o nome dela, em quem você pensa, o que te ocupa quando eu não estou perto pra puxar-te os pés de volta pra atmosfera. 

Diga-me quantos anos dentro de segundos vamos ter que nos esconder de nossos sentimentos e quanto tempo eu vou ter que fingir que sei que você finge quando diz que não se importa.

Então, se abra, já que seu velho eu está morto e foi esfaqueado dias atrás por você mesmo, dentro do espelho enquanto sua mente parecia expandir por conta das drogas.

Me diga porquê sua tranquilidade é dependente e quais são suas ansiedades, você é pequeno e deve aceitar isso.

Enquanto eu estou aqui sendo inteiramente parte de talvez sua metade, quando eu não consigo te compreender nas linhas tortas em que você me coloca, me empurrando dentre as mais pequenas ficções.

Diga que me ama mais uma e outra vez até sentirmos que vosso carnal não é só esse desejo.

Entenda que não precisamos de ser contínuos e constantes e que você pode me odiar sempre que quiser pois é o que nos torna tão repletos de humanidade.

Então sempre que você tentar se jogar contra a parede e me empurrar pra mais longe eu vou passar a entender teus sentimentos.

-pepoetry(alice.)

 

  • Autor: pepoetry (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 13 de Novembro de 2021 08:57
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 31

Comentários1

  • Shmuel

    Seja bem-vinda Pepoetry! Poesia bonita e volumosa. Gosto desta pegada, com um viés para o triste, e com elementos poeticos denso.
    Abraços!



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