Ah, esse medinho, ah, esse medão
O Psiquiatra chama de Acrofobia
Não fosse por ele subia no avião 
Bem equipado, e do "céu" saltaria

No paraquedas de formato redondo
Mesmo sem ter manobrabilidade
Tantas poesias que vivo compondo
Lançava no campo, no mar, e cidade

No paraquedas de forma retangular 
A gente manobra, sente a adrenalina
Faria questão de as poesias lançar 
Passando por sobre lindas meninas 

Eu jamais só iria, saltar por saltar
Ou só me gabar da experiência 
Teria o prazer da novidade contar
De tudo que vi, em outra frequência 

Voar como as aves, na liberdade
Conhecer melhor quem de fato sou eu
A sensação de ver a humanidade
Da mesma ótica da qual nos vê Deus!

Falam que saltos se diferem do outro
Daqui de baixo parece tudo igual
Como a viagem que causa conforto
Assim é sentir caindo noutro local

O profissional pode um alguém ajudar
Vôo por diversão ou no treinamento
O paraquedismo vai te melhorar
Alem da alegria, sana o sofrimento 

Penso qu'em vidas amenizo estresse
Ao viajar, marejar, voar na poesia
Mas, no paraquedas, me aborrece 
Até saltaria, mas...e essa acrofobia?