Quando eu era espinho,
afastava qualquer predador.
Toda lagarta, besouro ou aranha
que acreditava que ali tinha flor.
Mas, de ponta à ponta
de raiz à caule
tudo era seco, podre e morto
Não recebia água
ou luz
Para que naquele lugar
pudesse nascer
finalmente algo bom.
Tudo isso,
Antes de chegar
Sem aviso e mal notar
algo que dizia
que podia me salvar.
ME SALVAR? DE QUE? DE QUEM?
Ele dizia que dentro havia flor
que podia desabrochar
colorir, iluminar
Que não era predador,
mas que veio pra regar.
PORÉM,
Não brotei flor,
brotei jardim
Colorido e limpo
Tudo isso aqui,
Dentro de mim.
E desabrochava
transbordava
Já não cabia nenhum espinho, chama ou dor.
Acho que estava tão cheio
Que já não cabia mais você
Pois notei que nunca nem pisou
ali
E conforme esfriava,
As folhas caíam
passaram a colorir o chão
Até não mais existir
Então,
De ponta á ponta
De raiz à caule,
Tudo era seco, podre e morto
Não recebia água
ou luz
Para que naquele lugar
pudesse nascer
Finalmente
Algo bom...
- Autor: Monticelli ( Offline)
- Publicado: 17 de maio de 2020 12:16
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 15
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