Quando você conhece alguém, você só vê o que ela quer que você veja.
Você não vê pelo quê ela passou, não vê os planos e muito menos o que ela sente e sentiu.
Você se apaixona pela película que aparece daquela pessoa para você.
Mas a fundo... Ah, aí você descobre coisas que as vezes nem queria.
Descobre que ela tem gostos que contradizem com os seus, que os planos dela são opostos e as idelogias dela não batem com as suas.
Essa pessoa tem uma família diferente da sua, tem amigos, conhecidos, hábitos com eles e histórias.
Há muita coisa na vida dela que foi usada para construir essa pessoa que ela é hoje. Ora a melhor pessoa do mundo, ora a pior.
Aí você decide. Se fica ou se vai. Você se apega à essa pessoa tão singular, e até esquece as contradições e a ama com todo coração e alma.
Mas, chega um momento em que os tijolos, aqueles que foram usados mais cedo, começam a desabar e tudo o que essa pessoa era antes de você, vem à tona e ela "volta" entre muitas aspas, a ser o que ela era.
Tudo se esfria.
As madrugadas que antes eram aquecidas com o calor dos assuntos inacabados, acavam se tornando noites escuras.
Com monossílabos acabados em uma curta conversa.
Você mergulhou tanto no que a pessoa é, que esqueceu de emergir e navegar só em você.
Você pensou tanto nela que esqueceu de pensar em você.
Você fez dos planos dela, os seus.
E quando tudo acaba, a única coias que sobra é aquela banda legal que ela te mostrou no início de tudo, onde as coisas pareciam diferentes.
13/08/2017
-
Autor:
JuliaRuivo (
Offline)
- Publicado: 1 de outubro de 2021 20:37
- Comentário do autor sobre o poema: Sensação do meu primeiro amor.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 13
Comentários1
nossa estava me lendo ali..
muito bom amigo....
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.