Gabriel Henrique Fratucci

Poeta da dor

Escreve poeta, escreve,

Enleve para eles as palavras que te descrevem,

Então escreve poeta, escreve,

Fingindo a dor que você tanto tanto sente.

 

Finge poeta, finge,

Finge tanto que esquece o que te define,

Então finge poeta, finge,

Revelando uma dor imaginária sobre a realidade que você se encontra em síntese.

 

Reflete poeta, reflete,

Pense nas palavras que te manifestam intempérie,

Então reflete poeta, reflete,

E escreva aquilo que te agonia e fere.

 

Chora poeta, chora,

Ninguém aqui pode te ouvir,

Nem mesmo te ferir,

Pois o único que te fere aqui, é você.

 

Seu coração já parou de girar,

Agora o que lhe resta é chorar,

Pois sua vida você perdeu,

E a única coisa que sobrou, foi um breu.

 

Seu talento de escrever foi uma maldição,

Agora tu sofres, tendo um caminhão que é em vão,

Retorcendo os músculos de seu coração,

Gerando uma dor de deterioração.

 

ENTÃO SOFRE POETA, SOFRE!

RETESA OS MÚSCULOS DE TANTO ESCREVER!

UM BIS É QUE ELES PEDEM, 

UM BIS É QUE VÃO TER!

 

Pedem por clemência e o mesmo não se despreza, 

Então demonstre para eles sua realidade cinzenta,

Ah, grande sofredor, o poeta!

Aquele que finge a dor, mas mesmo assim, a sente.

 

 

  • Autor: Gabriel Henrique Fratucci (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de Outubro de 2021 13:22
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 5

Comentários1

  • Bernardo

    Muito lindo mesmo a poesia
    Parabéns!



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