Escreve poeta, escreve,
Enleve para eles as palavras que te descrevem,
Então escreve poeta, escreve,
Fingindo a dor que você tanto tanto sente.
Finge poeta, finge,
Finge tanto que esquece o que te define,
Então finge poeta, finge,
Revelando uma dor imaginária sobre a realidade que você se encontra em síntese.
Reflete poeta, reflete,
Pense nas palavras que te manifestam intempérie,
Então reflete poeta, reflete,
E escreva aquilo que te agonia e fere.
Chora poeta, chora,
Ninguém aqui pode te ouvir,
Nem mesmo te ferir,
Pois o único que te fere aqui, é você.
Seu coração já parou de girar,
Agora o que lhe resta é chorar,
Pois sua vida você perdeu,
E a única coisa que sobrou, foi um breu.
Seu talento de escrever foi uma maldição,
Agora tu sofres, tendo um caminhão que é em vão,
Retorcendo os músculos de seu coração,
Gerando uma dor de deterioração.
ENTÃO SOFRE POETA, SOFRE!
RETESA OS MÚSCULOS DE TANTO ESCREVER!
UM BIS É QUE ELES PEDEM,
UM BIS É QUE VÃO TER!
Pedem por clemência e o mesmo não se despreza,
Então demonstre para eles sua realidade cinzenta,
Ah, grande sofredor, o poeta!
Aquele que finge a dor, mas mesmo assim, a sente.
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Autor:
Gabriel Henrique Fratucci (
Offline)
- Publicado: 1 de outubro de 2021 13:22
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 5
Comentários1
Muito lindo mesmo a poesia
Parabéns!
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