curumim, és tu minha esperança
vem aqui e me pegue pela mão
me puxe para uma dança
aproxime esses de olhos de criança
de quem vê tudo pela primeira vez
e rodopie: um, dois, três
comigo nas tuas mãos
me gire
mais uma vez
e me cubra da tua atenção
curumim, és tu minha esperança
de amor e reprovação
diga sim só esta noite
que eu irei a um milhão
é tarde, eu sei,
mas irei te acompanhar
tenho medo do que o mundo pode fazer
se amanhã também quiseres dançar
mas não estará sozinho,
parte de mim carregará contigo:
meu olhar sobre ti a noite toda
- veja! - eu direi - é o momento mais lindo!
sobre a parte que você me beija na boca
queria atropelar o tempo
acampar no segundo
em que você me quis
perguntar o que você vê que não vejo
e porque em nome de Deus, mereço
teus olhos nos meus, curumim
- Autor: alana ( Offline)
- Publicado: 9 de setembro de 2021 22:05
- Comentário do autor sobre o poema: não escrevi isso pensando em ninguém em especial. inventei alguém na minha cabeça e quis lhe dizer coisas bonitas. a imaginação é uma diversão só, e fala por si só.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 16
Comentários3
Legal, eu li cantando rsrs
que bom que gostou!
Senti um misto delicioso de infantilidade e maturidade, muito prazeroso de ler. Compartilho da ânsia por atropelar o tempo e acampar no segundo. Clarice Lispector tenta capturar os instante-já, e diz que cada um deles é como a parte de um pneu de carro em alta velocidade tocando o chão e imediatamente depois cedendo espaço à porção seguinte. Ufa.
Parabéns pelo poema =)
seu comentário me deixou muito feliz! muito obrigada, me sinto lisonjeada de verdade
Gostei imensamente!
Bom dia!
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