A poesia ganha corpo
Ganha cor
Ganha veste
A poesia se traveste
De onda de puro furor
Condena a majestade
Ao ínfimo chão gelado
E traz ao trono o infame
De versos adocicados
A poesia emudece
Quem cansa de ouvir falar
Entretece seu tecido
Como um rio vir a ser mar.
A poesia empertigada
Sobre a sobra da centelha
Engana os olhos incautos
Refrigera, queima, beira
À loucura ensandecida
Ao brio do terno pastor
Fulgura o novo tempo
Canta o cântico d'amor.
A poesia hiberna dentro
Da pele de quem consome
Seus atos, aços clementes
Seus pesos, uivos e fomes.
- Autor: noi soul ( Offline)
- Publicado: 2 de setembro de 2021 12:04
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 22
Comentários1
A poesia é linda, e vejo manifestar em você a cada publicação.
Abraços a poeta!
Muito grata, meu querido 🙂 Um abraço 🙂
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