Escreva

Liduina do Nascimento




Escreva, escreva o que você quiser, não tenha medo...
escreva para você mesmo, não espere que ninguém compreenda
ou aos seus devaneios se compare ou ache que você está errado
ou certo, quando você escreve tudo parece bem mais fácil,
o céu fica até mais perto... se for noite, pense que raiou o dia,
do costumeiro sol de sempre, escaldante,  
na noite insistente dos sonhos, seja um solitário viajante.

Os pensamentos vem em turbilhões, quase nada se esvai,
a emoção toma conta da alma da gente, quando voltamos atrás,
aquele primeiro pensamento mistura-se a outros e mais outros,
e nem sempre nos perdemos nas encruzilhadas de nós mesmos,
e sem querer, a alma voa para bem longe do passado,
encanta-se com o presente e divagando... Anseia um futuro,
perde-se no topo do horizonte, e de noite quando não houver lua,
ou estrelas, vá vagando pelo quarto,
com medo do escuro da rua.

Quando escrevemos as nossas ilusões se tornarem um
mundo inatingível, somente à nossa imaginação são acessíveis,
e no decorrer da escrita, as lágrimas são contidas, a alma diz;
- Escreva, nada do que diz, será perdido.

Escreva sem se importar com o que vão pensar ou dizer,
cada ser é único, é dono dos seus próprios pensamentos, e sentimentos, só ele mesmo entende o que a sua alma quer dizer.
Escreva a realidade, escreva as suas fantasias, só não perca pela vida,
a sua alegria de viver, que no fim de tudo, lá ela estará.

Liduina do Nascimento

 

  • Autor: Liduina do Nascimento (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de setembro de 2021 11:55
  • Comentário do autor sobre o poema: Vontade de escrever.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 17
Comentários +

Comentários1

  • Barbara Guimaraes

    Bem assim! Continue escrevendo... muito bom!



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