Meu verso não é delicado
Ele corta, ele queima, ele é descarado
Despudorado
Ele ofende
Quente feito aço moldado
Ninguém segura essa loucura
Que emerge do mais profundo abismo do egoísmo
Sim, é um verso perverso
Pervertido talvez
Ele pode entrar pela aorta
E pouco se importa se qualquer dia desses me fizer morta