Em noites
De caça
As vezes ela joga
As vezes ela passa
Escolhe o que lhe agrada
Recusa o que lhe entedia
Tem até a madrugada
Para não voltar com as mãos vazias
Com olhar entretido e o semblante curioso
Escolhe sua presa, o seu predador
Pela beleza e pelo vigor
Pela intenção do gozo
Não quer correr perigo
Não quer que seja amor
A boca é vermelha
Perfeita a sobrancelha
Sinais verdes pro aceno
Como uma brasa, uma centelha
Um espelho obsceno
Onde a malícia se espelha
Vai ser o tímido ou o corajoso
O que lhe tirar pra dançar
Não tem que ser maravilhoso
Ela é quem quer aproveitar
Se ela quer, ele deseja
Agora animados
O beijo com gosto de cerveja
Ele apaga o cigarro
Paga a conta e liga o carro
Ela lhe beija, sabe que nada é seguro
A noite é um tiro no escuro
O galo que dorme cedo
O estranho que lhe dá medo
Rápidos e desapontadores narcisos
Que prometiam o paraíso
Os objetos, raros e inquietos
Os brinquedos ideais
Nem ele acabou, ela já se endireitou
E ainda quer mais
Obedece a sua alma feminina
Que escolhe e que determina
O que lhe satisfaz
De manhã bem cedo
Assim que o sol acordar
Já serão outros segredos
De todos que contou nos dedos
Até o amor cansar de contar...
- Autor: Vênus (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 20 de agosto de 2021 17:38
- Categoria: Amor
- Visualizações: 16
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.