Quero esse rosto na minha nuca
Que nunca apaga a minha fuga.
Venha esse gesto com cor de mato
Que me mata de desejo em pleno ato.
Anseio esse antigo impulso, me converte
Não conserve eterna no corpo as vestes
Atual ato no teatro armado
Me atira para o alto até me tornar amado.
Me deixa nervoso, inquieto sem dor
Num tempo tenebroso nu de amor
É um milagre vazio sem tu, sem mim
São as miragens que tenho se aqui não vir.
Sou trêmulo gênio lento lendo, confesso.
Quero revolta, renovar e remontar
Mas na verdade reprovar, denotar, derrotar.
Sinto fome do meu amor por ti na boca
Sinto que esconde minha sede louca.
Eu lamento calar nessa hora do ponteiro
Mas o som lamacento que vaia certeiro
Me faz esperar, secreto perverso
Por um ato de um teu decreto.
Mente, desmente que sente eloquente.
Minta, não xinga, me pinta, não limpa.
Quero esse gosto sadio na minha boca
Que nunca apaga do rosto a minha força
Venha esse elo que inclina meu rosto
A tornar-se belo direto no gosto
Me atrasa, mas não me afasta
Me amassa, e sim, arrasta
Eu quero esse rosto já na minha nuca
Eu quero sim viver os meus nuncas...
- Autor: Toky ( Offline)
- Publicado: 15 de agosto de 2021 16:16
- Categoria: Amor
- Visualizações: 17
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