Antonio Aurelio Felix

O ROCEIRO

O ROCEIRO

 

Eu sou um roceiro

E gosto do meu roçado

Dele sou herdeiro

E não largo o meu cercado.

Eu recebi ele de herança

Do meu pai no passado

Que também quarda as lembranças

Dos tempo em que recebeu o legado.

 

Aqui na minha roça

Não me falta nada

Tenho uma bela carroça.

E varios bois na invernada.

minha filha uma linda moça

E uma grande companheira

A minha mulher amada

O amor da vida inteira.

 

Me orgulho de ser um roceiro

Do meu querido sertão

No Nordeste Brasileiro

Nas bandas deste rincão.

 Deste povo ordeiro

Que sobrevive da agricultura

Do que tem na plantação

Não tenho muita cultura

Mas não me falta educação.

 

Planto aborbóra e jerimum

Melancia. mandioca e amendoim

É na panha de feijão

Que vejo a fome ter fim.

Quando chega a quebra do milho

Vou eu, a mulher eos filhos

Se é festa pra eles

Imaginem pra mim.

 

Eu colho a mandioca

Depois faço dela goma e farinha

coma beijú e tapioca

Vivo tranquilo e em Paz

aqui na minha rocinha.

 

Escutando o canto dos passáros

Eu vivo a natureza

Passáro preto e bem-ti-ví

Desfruto desta beleza

iqualzinho a jurití

Por isso meu companheiro

Para mim é um orgulho

Viver longe do barulho

E ser um sossegado, roceiro.

 

 

 

 

 

 

  • Autor: O Gordo (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 9 de Maio de 2020 11:17
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 73

Comentários2

  • Gislaine Oliveira

    Que lindo poema! Toda a pureza da vida no campo está descrita ai. Parabéns, gostei muito!

    • Antonio Aurelio Felix

      Obrigado essa é a nossa vida
      De Sertanejo Nordestino
      Se continuar estes elogios eu até tentar
      Escrever mais poesias

    • Maria Lucia

      De uma singeleza emocionante. Gostei. Parabéns !



    Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.