Tímido, feito uma avestruz, 
Tremendo nas bases,
Caindo uma fase,
Lâmpadas à meia luz,
Pé no freio,
Com muito receio,
Sentindo calor,
Sentindo frio,
A Alma sentindo um arrepio,
Temendo a segurança,
Se encolhendo feito criança,
Em frente a um astro de intensa gravidade,
Transformando todo o mar,
Numa estranha maré,
Um oceano de dubiedades,
Ondas de mal me quer,
E bem me quer,
Temeridades,
Quer se chegar,
Mas como é que é?
Estranho comportamento,
Para quem já tinha perdido a inocência,
No final da adolescência,
Preparado pras armadilhas do tempo,
Controlado a impaciência,
Estranha situação,
Para quem namorava o furacão, 
Bordejando, roçando a tormenta,
Querendo encontrar emoção,
Em meio a tempestades violentas,
Buscando a chuva de encontro ao rosto,
Chorando pingos com o maior gosto,
Quem sabe esta tardia timidez,
Possa ter alguma explicação,
Fazer do silêncio, comunicação,
A proteção de seu amor talvez,
Um guarda chuva por sobre ela,
Segredo que um amor nunca revela,
Talvez esteja querendo adiar o não, 
Não para evitar o sofrimento,
Não, não por isso,
Já tem antídoto para este feitiço,
Mas por querer prolongar esse momento, 
Choque de trezentos joules no coração,
Pois ele quer segurar a sua mão, 
Quer transmitir seu sentimento, 
Ele quer te ver bem lá dentro,
Misturar corpo, alma e tesão,
E se por acaso não for assim,
Deixa pra lá, não faz mal não,
O poema pode chegar ao fim,
Mas esse amor não acaba não...
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                        Autor:    
     
	Vênus (Pseudónimo (
 Offline) - Publicado: 7 de agosto de 2021 20:13
 - Categoria: Amor
 - Visualizações: 27
 

 Offline)
			
Comentários2
Parabéns! De tirar o fôlego!
Obrigado poetisa!
Poema belo,denso,rico em transmitir emoções e nós fazer voltar a querer nos apaixonar...novamente. aplausos!
Muito obrigado Maria Dorta!
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