Conte-me

Isabela Fenix

Conte-me...

Quebre-me, como eu deixei que eles quebrassem você, ele desejou. 

Odeie-me, como deveria. Ele implorou. 

Ela inclinou a cabeça e roçou os lábios nos dele - macios, leves e fodidamente entorpecentes, o suficiente para interromper todos os pensamentos externos mais rapidamente do que qualquer gatilho. A ambiguidade insana desapareceu sem sentido, quando ela se inclinou para ele.

Como ela o destruiu.

Como ele a renovou.

Quebre-me...

Conte-me, seus segredos. 

Todas as coisas que ele deveria ter feito naquele momento, foram substituídas por apenas uma - seus lábios colidindo com os dela e seus olhos se fecharam. As pontas dos dedos dela percorreram a pele da bochecha dele; a mão dele encontrou o mergulho na cintura dela. Ele cedeu ao momento de paz, em uma situação que carregava todos os fragmentos possíveis de caos. Ela tinha gosto de felicidade.

Até a amargura da realidade substituir tal doçura.

 Abra os olhos, ela sussurrou'

Agora entendi
Do porquê, me sinto tão desconfortável
Perto dele
É que tu é mal
E eu sou boa
Trevas e luz
Luz e as trevas
Uma sai
Enquanto, o outro brilha
Trevas e luz
Luz as trevas

Sou sua lua
Em meio ao teu céu negro

Luz e trevas
Trevas e luz

 

Mas, oh, doce treva, que leva toda essa amargura de mim. 

  • Autor: Fenix (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 7 de maio de 2020 10:53
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 9
Comentários +

Comentários1

  • Maria Lucia

    Uau, aqui encontro um transbordar de emoção num poema sul realista, muito agradável de ler, porque não se sabe ao certo que rumo vai tomar.
    Parabéns!!



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