Ednei Pereira Rodrigues

Vestígios de insensatez

 Natureza íntima das coisas


 Com uma britadeira

 Crio uma Lua como ofício

 De um queijo sem orifícios

 Orientava-se pelos pingos da torneira

 Pela sua mecha

 Guardada em uma bitácula

 Vivo sob sua mácula

 Nódoas de fácula na bochecha

 Vestígios de seus ósculos

 Embasam o embate

 Das ondas com o disparate

 Resgate de crepúsculos

 Sua beleza embaça o vidro

 Semelhante à bruma

 Alguma duna que lido

  Queria ver Algólida  

Algo lida contra meu sonho lilás

Algo lido no gás,gaseifica a metáfora

  Os vizinhos reclamaram do barulho

 Testo a broca

 No telhado a boca conversa com o marulho 

Queria implantar a desordem que se desfez

 Plantar uma árvore  no meio da sala disforme

  Alguns alqueires de insensatez.                          

               

                                                                             EPR

 

  • Autor: Ednei Pereira Rodrigues (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de Julho de 2021 09:18
  • Categoria: Surrealista
  • Visualizações: 8


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.