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VELHA AVENIDA

Numa avenida como esta
Eu deixei meus passos
Eu gravei meus sonhos
Eu vi os abraços
Eu andei descalço
E agora virou letra
De versos risonhos.
Nessa velha rua
Escrevi a vida
Pintei de azul
Cada passo que andei
E guardei em mim toda colorida
A vida que sonhei.
Nessa Avenida
De ruas largas
Separadas por bancos
Eu vi os beijos
Que me assombravam
Porque eu não entendia de desejos.
Nela ainda estão guardadas pessoas
Até as flores 
Ainda estão guardadas
O jardim não é o mesmo
Ele nem existe mais
Mas as flores estão nos meus olhos.
O chão mudou
O nome também
Mas essa avenida 
Continua sendo o meu amor 
Continua sendo o meu bem