Uma vez eu disse a mim,
Serei melhor para os outros.
E sem pensar me destruí,
Para agradar a todos.

Sem pensar eu me refiz,
Sem questionar me reconstruí.
Escondendo minha alma nos confins,
Das muralhas que construí.

As muralhas que protegiam meu castelo,
Que protegia meu coração.
Que travava um grande duelo.
Entre a razão e a emoção.

Uma vez eu me disse,
Que melhoraria se não fosse o suficiente.
Não acreditava naquela tolice,
Pois eu não era diferente.

Diferente de um suicida,
Que almeja uma morte sem dor,
Que de forma lucida,
Sabe que não existe amor.

O amor que torna leões em gatinhos,
Que transforma o errado no certinho.
Que quebra a barreira dos demônios e anjinhos.
Que não diferencia o acompanhado do sozinho.

O amor que corre nas veias,
O amor que flutua no ar.
O amor que te dá cegueira.
O amor que te faz relevar.

O sentimento de fraqueza,
O sentimento de humilhação.
Tomando para si a tristeza.
Que não havia em seu coração.

Não, não sou diferente.
Não, não posso mudar.
Sim, estou eloquente.
E cansei de tentar

_-Poeta da lua(lynn)-_
   29/06/2021