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Era uma vez, vou contar.
Uma estória diferente.
De bela e triste menina.
Vivia na reluzente,
Cidade de muita luz,
Com os seus pais contente.
Nasceu de bela mistura,
De cores, raças e amor.
Cresceu feliz e brilhante.
Com mãe, irmão e progenitor.
Da mãe herdou sua firmeza,
Já do pai não sei doutor.
Talvez a sua beleza.
Quem sabe a inteligência.
Ou tendência para fuga,
Não ter a resiliência,
Para enfrentar desafios.
Tudo isso criou carência.
Já viajou pelo mundo.
No estrangeiro já viveu.
Essa boa experiência,
Lhe ajudou, amadureceu.
A sua mente deu um salto,
Ela muito floresceu.
Tem aparência tão doce,
De uma terna garotinha.
A sagaz inteligência,
De uma mulher ou gatinha.
Bem a frente do seu tempo.
Kessil velha e menininha.
A menina era feliz.
Vivia a sua ilusão.
Ela tinha boa vida.
O pai, mãe, também irmão.
Então como sempre ocorre,
À dor e decepção.
Laços partidos, rompidos.
Criou insegurança e dor.
A menina que era doce,
Provou fruta sem sabor.
Enredou-se numa teia.
A vida e o seu amargor.
Aí criou rotas de fuga.
Numa nuvem viajou.
Isolamento com medo.
Pediu socorro, gritou.
Mas ninguém queria ouvir.
Só, sucumbiu se entregou.
A falta da mão estendida.
Cedo lhe obrigou a crescer.
Era só frágil criança.
Teve que amadurecer.
Estendeu ela sua mão,
Mas quem vai lhe proteger.
Ela enfrentou em tenra idade,
O monstro da depressão.
Que, só, não logrou matar.
Pois não teve apoio não
Segue vivendo com dor,
Fuga, droga e ilusão.
Já adulta enfrenta seus medos.
Apoio ainda suplica.
Continua a ajudar.
Tudo então só se complica.
Quando vão lhe perceber.
Pois da sua vida abdica.
Eu lhe conheci carente.
Isolada em si, só, triste.
Ela era bem diferente.
Minha admiração persiste.
Hoje, bem mais que só amigos,
Também forte amor existe.
Eu sempre estarei ao seu lado.
Estando bem perto ou longe
O nosso amor é ancestral.
Amor puro não se finge.
Sei um pouco de sua dor,
E como tudo isso lhe aflige.
Deixe-me estar ao seu lado.
Vai derrubar esse muro.
E seguir sempre adiante.
Vai se libertar do apuro.
Construir novo amanhã,
Viva o hoje não no futuro.
Acredite Kessil, vá.
Enfrente já o seu demônio.
Tens a proteção de Ogum.
Iansã seu patrimônio.
Liberte-se dê o perdão.
Tens a força do antimônio.
- Autor: Jessé Ojuara (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 25 de junho de 2021 08:55
- Categoria: Triste
- Visualizações: 11
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