NO
A alegria do nascimento é o presságio da dor do parto
Assim se constrói a humanidade
O horror da morte sangrou a tradição do ritual
Que peste animal é esse!
Tirou a máscara do mundo
Fez a indiferença se curvar a renascença
De modo que a tragédia e drama
Fizeram a arte se curar
Com outros olhos
Começamos ler Leminsk, Drumond, Cecilia e Pessoa
Observar Frida, Picasso, Tassila e Miró
Ouvir Vivaldi, Bach, Chopin e Beethoven
O filme depois de de tudo não é mais o mesmo
O sentido passou a ser ressentido por não ter ouvido
O arroz, o feijão e a salada absurdamente deliciosos
A vida virou arte e mostrou sua cara
Que coisa é essa?
Que nos coloca com pressa
Faz do mundo real
Recriar
Uma viajem sem igual
Te nega o abraço, o beijo e o espaço
E te desafiar e ao mesmo tempo a criar
Uma vida que antes era banal
E agora se torna imortal
Na tua paciência e no teu cansaço.
Abel
A paciência, muitas vezes perdida
na falta de tempo, agora repousa do tempo que sobra.
O cansaço de outrora, pela famigerada corrida pela vida, encontra paradoxo, no cansaço do ócio.
Ócio ativo, atípico e compulsório, pois nele encontramos a paciência perdida e aprendemos a exercitá-la; o cansaço ocioso, ativa a criação, como defesa neuronial, para que não sucumbas, enlouqueças ou morra.
A criação emerge com força, na arte que seduz e clama por vida e transformação...
....e no dia em que tudo parece perdido, renasce a arte, surgem palavras que curam e lhe provocam a dizer: "me recuso a desistir". Enquanto há vida, há sempre algo a fazer!
- Autores: Abel (Pseudónimo, Sônia Rodrih.
- Visível: Todos os versos
- Finalizado: 19 de maio de 2020 23:30
- Limite: 6 estrofes
- Convidados: Amigos (usuários da sua lista de amigos podem participar)
- Categoria: Conto
- Visualizações: 58
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.