RENAN BARBOSA

Ah! Se o meu coturno falasse!

Ah! Se o meu coturno falasse!

Das noites frias, escuras e sombrias. 

Das rondas solitárias e guaritas assombradas.

Das garrafas de café e das vezes que doeu o meu pé.

 

Ah! Se o meu coturno falasse!

Do calor intenso e do sol ao meu dia. 

Das idas ao banheiro para refresco em meio ao suór que escorria.

Das doze horas que duravam além de um dia.

 

Ah! Se o meu coturno falasse!

E pudesse ser da minha voz um eco 

Quando eu dissesse o que não estava certo 

E meus superiores fizessem o correto.

 

Ah! Se o meu coturno falasse!

Mesmo quando minha voz se calasse e a morte chegasse,

Gostaria que testemunhasse o quanto fiz pela sociedade

E reprisasse o legado que deixei a humanidade.

 

Ah! Se o meu coturno falasse!

E dissesse a minha família 

O quanto os amei trabalhando noite e dia 

Arriscando minha vida por um prato de comida.

 

Ah! Se o meu coturno falasse!

E me encorajasse! E ao futuro me projetasse!

Mesmo quando a tristeza e o desalento me desanimasse!

Gostaria que junto com Deus fosse meu baluarte e minha esperança para que tudo mudasse.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Autor: RENAN BARBOSA (Offline Offline)
  • Publicado: 19 de Junho de 2021 19:45
  • Comentário do autor sobre o poema: Esse poema é uma homenagem ao dia do vigilante e é destinado a todos os vigilantes do Brasil, assim como fui um dia.
  • Categoria: Ocasião especial
  • Visualizações: 394
  • Usuário favorito deste poema: RENAN BARBOSA.


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