Ah! Se o meu coturno falasse!
Das noites frias, escuras e sombrias.
Das rondas solitárias e guaritas assombradas.
Das garrafas de café e das vezes que doeu o meu pé.
Ah! Se o meu coturno falasse!
Do calor intenso e do sol ao meu dia.
Das idas ao banheiro para refresco em meio ao suór que escorria.
Das doze horas que duravam além de um dia.
Ah! Se o meu coturno falasse!
E pudesse ser da minha voz um eco
Quando eu dissesse o que não estava certo
E meus superiores fizessem o correto.
Ah! Se o meu coturno falasse!
Mesmo quando minha voz se calasse e a morte chegasse,
Gostaria que testemunhasse o quanto fiz pela sociedade
E reprisasse o legado que deixei a humanidade.
Ah! Se o meu coturno falasse!
E dissesse a minha família
O quanto os amei trabalhando noite e dia
Arriscando minha vida por um prato de comida.
Ah! Se o meu coturno falasse!
E me encorajasse! E ao futuro me projetasse!
Mesmo quando a tristeza e o desalento me desanimasse!
Gostaria que junto com Deus fosse meu baluarte e minha esperança para que tudo mudasse.
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Autor:
RENAN BARBOSA (
Offline)
- Publicado: 19 de junho de 2021 19:45
- Comentário do autor sobre o poema: Esse poema é uma homenagem ao dia do vigilante e é destinado a todos os vigilantes do Brasil, assim como fui um dia.
- Categoria: Ocasião especial
- Visualizações: 394
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