Espaços vazios
Sombrios
Rosto assustado
Fugidío
Lágrimas!
A mente... Nua
Não quero pensar
Olho para a lua
E me deixo afundar
Medo...
Um deserto de escuridão invande o meu ser
O meu lado obscuro emerge
Meus olhos olham para dentro... É imundo... Aterrador!
Do que tenho medo?
Descubro! Temo a mim mesmo.
Tento sacudir a sujeira,
Limpar-me,
Livrar-me desse caos dentro de mim.
Quero deixar só o que é bom. O melhor.
Tento...Tento muito.
E consigo!
Agora estou limpo.
É tempo de me encontrar com o melhor de mim.
Quero sentir...Explorar...Viver.
Entretanto percebo... Acabou! Não há mais eu!
Foi tarde demais.
Já não havia nada bom. Só escuridão.
Agora sou um quadro em branco onde outra vida será escrita.
Outra vida.
Sou vazio!
Vazio.
- Autor: Ricardo Pires ( Offline)
- Publicado: 4 de maio de 2020 20:27
- Comentário do autor sobre o poema: O mundo insiste em afogar-nos de exemplos diários de desumanidade. E diante disso, o olhar cada vez mais passivo daqueles que capazes de agir não o fazem. E assim aceitam...Permitem... Até que o mal se torne normal e nos consuma completamente!
- Categoria: Espiritual
- Visualizações: 11
Comentários1
Muito bom!
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