Ricardo Pires

Recriação Tardia

Espaços vazios

Sombrios

Rosto assustado

Fugidío

 

Lágrimas!

 

A mente... Nua

Não quero pensar

Olho para a lua

E me deixo afundar

 

Medo...

 

Um deserto de escuridão invande o meu ser

O meu lado obscuro emerge

Meus olhos olham para dentro... É imundo... Aterrador!

 

Do que tenho medo?

 

Descubro! Temo a mim mesmo.

 

Tento sacudir a sujeira,

Limpar-me,

Livrar-me desse caos dentro de mim.

 

Quero deixar só o que é bom. O melhor.

 

Tento...Tento muito.

 

E consigo!

 

Agora estou limpo.

 

É tempo de me encontrar com o melhor de mim.

Quero sentir...Explorar...Viver.

 

Entretanto percebo... Acabou! Não há mais eu!

 

Foi tarde demais.

 

Já não havia nada bom. Só escuridão.

 

Agora sou um quadro em branco onde outra vida será escrita.

 

Outra vida.

 

Sou vazio!

 

Vazio.

  • Autor: Ricardo Pires (Offline Offline)
  • Publicado: 4 de Maio de 2020 20:27
  • Comentário do autor sobre o poema: O mundo insiste em afogar-nos de exemplos diários de desumanidade. E diante disso, o olhar cada vez mais passivo daqueles que capazes de agir não o fazem. E assim aceitam...Permitem... Até que o mal se torne normal e nos consuma completamente!
  • Categoria: Espiritual
  • Visualizações: 11

Comentários1



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.