Então, para que serve as lembranças? Servem para manter vivo em nós sentimentos de felicidade, tristeza, raiva rancor, carinho, paixão e amor. Tudo isso permanece vivo em nossa mente graças a essa capacidade que nosso cérebro tem em guardar memorias.

            Agora é preciso salientar que o ato de lembrar gera um turbilhão de sentimentos dos mais variáveis possíveis. Somos constantemente impactados por lembranças. É a viagem programada que não deu certo, o carro que quebrou no meio da estrada, o encontro esperado que nunca existiu, o companheiro (a) que descobriu as mensagens ocultas no celular, o filho que levou um tombo ao cair da bicicleta, o pai da menina que a pegou no flagra, ela e o namorado na sala da casa em um momento íntimo.

Se não fosse as nossas lembranças a vida perderia um pouco do seu brilho. Lembrar faz bem para alma, o coração e revigora nossas sensações e emoções. Existe coisa melhor que lembrar do primeiro encontro? Do momento em que você se aproximou dele com as mãos geladas, um arrepio na pele e o coração palpitando ao ponto de sair pela boca? Por isso digo e repito sempre: A nossa paz interior está em entendermos esses momentos não como uma lembrança que não tem valor algum, mas como uma parte de nossas vidas que mesmo morando em nosso passado, ainda é bastante ativa dentro da nossa jornada que vai sendo construída dia após dia e no qual sabemos que é finito.

Portanto, meu conselho é: Não perca tempo! Viva, crie oportunidades, se tiver que se apaixonar novamente se apaixone, se tiver que chorar chore, se tiver que reconstruir sua vida faça então. Porque lá no finalzinho da nossa estrada também nos tornaremos apenas lembranças.