Vestiu-se de negras sedas tão puras,
No recanto ermo da solitude...
Cobriu-me o peito, morto, de agruras,
Entristecidas flores no ataúde.
Minhas lembranças da áurea juventude,
Escureceram-se elas nas alturas;
Restou-me só este pesar tão rude,
E o gutural silêncio das alvuras.
Ai, quando olhei-te branca padecendo,
Lembrei-me d'um ocaso que morrendo,
Trouxeste-me teu brilho, já fanado...
E nesse solo que a vida se encerra,
Florescem como flores sobre a terra
As sacras melodias do passado.
Thiago Rodrigues
- Autor: Thiago R ( Offline)
- Publicado: 13 de junho de 2021 18:53
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
Comentários1
Belo poema.Parabéns.
Grato pelo comentário. Boa tarde.
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