QUANDO O AMOR SE TORNA ESTRANHO AOS OLHOS.

Há alguns dias um sentimento de tristeza soprou no íntimo do meu ser. Surgiu como um vento impetuoso quando anuncia uma grande tempestade.

Procurei refletir sobre a causa dessa fúria e entendi que ela mantinha uma relação próxima com o vazio sombrio que de mim se aproximou.

Porquê de tudo isso? Ocorre que ela vem se tornando estranha ao meu coração. Não se fertiliza o amor com terra estéril, não se oferece um prato vazio a quem tem fome.

 Nesses meus tantos anos de vivência e convivência, nunca havia sentido algo desse tipo. É como um balde de água fria derramado sobre um braseiro.

  Não fico feliz com isso, pois meu intensão foi em sempre manter esse amor vivo dentro do meu ser, uma vez que sempre confiei na sua veracidade.

Hoje já não tenho tanta certeza do que ele representou ou representa. Dizer o que? Já não cabe resposta, somente lamentos!

Tanto que fiz para mantê-lo de pé! Mas foi em vão.... Quando um não quer, não se deve insistir, caso contrário o resultado é desastroso!

É como um belo fim de tarde, que aos poucos cede espaço à escuridão da noite que embora necessário, não traz consigo somente estrelas, a claridade da lua, mas escuridão, incertezas, medo tropeços e falta de luminosidade.

Já não somos os mesmos, muito menos íntimos. A metamorfose sucumbiu o belo jardim florido que estava repleto de rosas, mas que exatamente agora se transformou em sequidão, estiagem, tristeza, decepção, frieza levando um coração cheio de amor ao submundo do arrependimento.