Marçal de Oliveira Huoya

Mãos Vazias

Eis me aqui
Para o acerto de contas
Coração na balança
Você séria
Com a sentença pronta
Chora com pena de mim
Pelos meus olhos sem cor
Pela dor do meu cenho
Já pressente
Que as minhas mãos
Não trazem nada de valor
Mas ainda e mesmo assim
Pede que mostre o que tenho
Que eu traga minha proposta
Em vão
Só tenho o meu coração
E é de mim
O que você mais gosta
Mas também trago aflição
O medo que você me vire as costas
E que decrete o fim
Trago meus conflitos
O meu olhar no infinito
Distante, muito distante
Longe para os seus sonhos
Lonjura sem tamanho
Um pontinho brilhante
Lembrando em todo instante
Que sou um astronauta sem nave
Diante de uma porta sem chave
Amor demais
Mas que já não é o bastante...

  • Autor: Vênus (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 5 de Junho de 2021 20:22
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 7


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.