Helio Valim

Tic-tac, tic-tac...

 

Lá se vai mais um segundo,

com sessenta, mais um minuto

com sessenta, mais uma hora,

logo, em pouco tempo,

mais uma vida vai embora.

 

Toca o vaidoso Big Bem,

que em contínua vigília,

vai a todos acordando,

e ao mundo relembrando

a enfadonha monotonia.

 

Toca o relógio da donzela,

que apesar de tão bela,

esguia tal qual uma gazela,

impaciente, espera o amor

que um dia já foi dela.

 

Toca o relógio do velho senhor,

sentado na varanda do destino

recorda seus dias de criança,

deixando escapar a lembrança

que garante a sua esperança.

 

Mas nem assim o tempo para,

mesmo que todos o esqueçam,

em cada tic ou tac

mais um segundo é roubado

da vida de um desavisado.

 

Tic-tac, tic-tac...

  • Autor: Helio Valim (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 2 de Junho de 2021 17:22
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 13

Comentários1

  • Helena Rodrigues

    Belíssimo poema meu amigo
    É assim mesmo, o tempo não cresce nem encolhe, passa sem dó por todos nós !
    Com todo o respeito
    Grande abraço

    • Helio Valim

      Olá, Helena. Seus comentários, sempre, são muito bons. Obrigado, concordo com você, o tempo passa inexoravelmente, não podemos desperdiçá-lo. Um grande abraço, minha amiga.



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