JOHNNY11

O falso poeta




O mundo é cruel
Desperdiça o papel
Não lhe é fiel
É infiel!

Escreve um verso no verso da folha
E no inverso toma-a de ponta
Amargo como o fel
Não chega aos pés da torre eiffel

Estamos a matar árvores
Com a nossa ignorância
Quando lhes deviamos dar amor
Como fazem nos jardins de infância

As árvores estão a ficar caducas
Como tudo o que nasce, morre
Mas podemos adiar a sua partida
Se tivermos uma alma nobre

Tal como a poesia deve ser sentida, as folhas devem ser com a palma da mão, preenchidas
O nosso papel é escrever nele o que nos vai no coração
Medo, raiva, tristeza e alegria
Quem não o faz não pode ter alma de poeta
Who cares?
Em relação à poesia vale tudo até arrancar olhos

Não pode ser verdade
A poesia vai acabar
E tudo o que eu ontem construí
Vai desabar água
A poesia

Vai num avião de papel, explodir no ar
Vai num avião de papel, explodir no ar
Vai num avião de papel, explodir no ar
Estamos condenados ao fim
Estamos condenados ao fim

Malditos sejam os vossos primogénitos, não vos deram o exemplo
Um mundo melhor, mais justo, menos tenso
Mas ainda vamos a tempo
De o tornar um mundo mais feliz, mais sustentável, mais interligado, com mais bom senso

Eu sou amigo do meio ambiente
Já nem disfarço
Não é por fazer todos os dias a reciclagem
Que me vai cair um braço

Eu vou limpar
O chão desse prédio
Limpá-lo de alto a baixo
Alguém tem de o fazer
Senão o plano vai por água abaixo

Se não vens para ajudar
Não atrapalhes
Quem sou eu para te pôr no teu devido lugar?
Para mim está tudo bem desde que trabalhes!

Às vezes é preciso cortar o mal pela raiz
Antes que a mostarda nos chegue ao nariz
Por isso fazê-lo antes que seja tarde
Quem não o faz não pode ter alma de poeta
Who cares?
Estancar o sangue do nariz sem causar mais estragos é a melhor cura para a hemorragia

Não pode ser verdade
A poesia vai acabar
E tudo o que eu ontem construí
Vai desabar água

A poesia
Vai num avião de papel, explodir no ar
Vai num avião de papel, explodir no ar
Vai num avião de papel, explodir no ar

Estamos condenados ao fim
Estamos condenados ao fim

Não pode ser verdade
A poesia vai acabar
E tudo o que eu ontem construí
Vai desabar água

A poesia
Vai num avião de papel, explodir no ar
Vai num avião de papel, explodir no ar
Vai num avião de papel, explodir no ar

Estamos condenados ao fim
Estamos condenados ao fim

  • Autor: JOHNNY11 (Offline Offline)
  • Publicado: 1 de Junho de 2021 13:25
  • Comentário do autor sobre o poema: Quantas árvores são necessárias para produzir 1 folha de papel? Todo esse papel que muitas das vezes não é utilizado a cem por cento Quantas árvores são desmatadas por dia? Quantos mais fogos terão de haver? Quantas mais vidas terão de se perder? Pensem nisso!
  • Categoria: Natureza
  • Visualizações: 26


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.