Karin Abrantes

Inferno em construção

dê espaço, cuidado
afaste-se
estamos em construção 
construção que não acaba nunca, ok? 
São apenas alguns ajustes!

O tempo azedo e o amargo do destino me presenteiam náuseas
Vomito pelos olhos um ácido sem cor
Tudo é podre por essas bandas
O recheio doce explode na boca rica
Sinto nem o cheiro.

Sobre o meu corpo eu sinto os materias sendo empilhados 
Meus olhos ainda não foram cobertos por areia
Vejo com clareza o sangue que umidece a massa.
Não há como levantar com o peso
Façam pelo menos um letreiro para ficar mais bonitinho.

  • Autor: Karin Abrantes (Offline Offline)
  • Publicado: 27 de Maio de 2021 12:16
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 14
  • Usuário favorito deste poema: Girl hate.


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