Caminhos
Olhava seus olhos
Pareciam estar em qualquer canto
Pela primeira vez feliz
De tê-la ao alcance dos meus beijos
Ah! O voar dos pássaros
Era a própria felicidade
O seu olhar
De intensa floresta
Descobri rubras nuvens
Tive a minha primeira tristeza
Da sua boca jorrava mel
Embora seus olhos relampeassem
Perdoei o imperdoável
Enganei-me
Andando para o patíbulo
Como quem vai a uma festa
Ainda assim
Decidi te amar
Você se divertia
Alegre
Percebi que dançava com muitos
Que não amava ninguém
Foi quando afastei as nuvens
Parei de sofrer
Não sorriu pra mim
Sorriu de mim
E seguiu sozinha
Por estradas e luares
Ora gemendo de prazer
Ora berrando de dor
Fostes por um caminho sem fim
Correu para a tempestade.
Cláudio Andrade
25-05-2021
- Autor: spctrodeumapoesia ( Offline)
- Publicado: 26 de maio de 2021 22:41
- Comentário do autor sobre o poema: Caminhos mostra de uma forma poética a desilusão amorosa. O falso amor.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 22
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.