Cemitérios me inspiram

Ednei Pereira Rodrigues

Condolências ao Concreto

 

Ninguém foi na exposição de féretros na Maternidade

 

O chocalho era o guizo ofídio

 

O bote foi preciso


Ninguém sentou no férculo feito para observar a neblina


A pruca imprudente


Provisória Provocação


Faltou conforto


O ébano contra o ebúrneo


Meteorologista erra a previsão do tempo


Errei na métrica


Ninguém foi na exposição de berços no cemitério


Parafina de graça para surfistas


O austro apagou a vela


Está tudo fora do lugar


Elefante é a principal atração do Circo de Pulgas


O barrito foi erudito

 

O pruído Lúrido

 

Girafa usada como pataréu para o bombeiro apagar o incêndio

 

Sprinkler sonha em ser cachoeira


Itupava saudava a estiagem


O crucífero foi usado como aliteração


Sem retaliação dos devaneios crucificados

 

Martim como Mártir aguarda a martelada


O prego como parergo na ansa


Anina para inanir o inane


Tarugo arguto entende tudo


Nômina Nomeia o Normal


Batismo com sangue 


O martelo para ritmar a morte


Para mitrar o óbito.

  • Autor: Ednei Pereira Rodrigues (Offline Offline)
  • Publicado: 26 de maio de 2021 09:47
  • Categoria: Surrealista
  • Visualizações: 20


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